sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Páginas


Entre muitas coisas que são escritas,
Entre páginas e páginas lidas
Não existe muito que se possa dizer.
Não existe muito para ler.
Mas escrevo por ser para ti.
Se tudo fizesse sentido,
Se eu tivesse sentido de alguma forma
Que tudo está dito,
Que tudo está escrito,
Não escreveria com certeza.
Essa certeza que é a única que tenho agora,
Que nutro sentimentos contrarios
Ao que a razão me dita.
Difíceis de explicar,
Mas não impossível.
Se o vento te tocar sou eu.
Se a chuva te molhar sou eu,
Não procures abrigo, o que procuras está em mim.
Senhora do meu destino,
Perco o pouco tino que resta quando se trata de ti,
Nem chuva nem vento,
Nem o sobejo doce do mel,
Afastam da memória que lateja,
Os momentos enternecedores
De uma paixão.
Platónica, mas sem deixar de ser paixão,
No mais puro sentido da palavra escrita.
São estas as palavras,
São estas as minhas, as nossas páginas.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Fascinio


O fascínio nasce…
Como mil palavras confusas,
Descrever é difícil.
Descoordenadas e incoerentes
Estas palavras não conseguem decifrar o código
E misturam-se sem piedade
Se a verdade esta escondida por detrás de um simples folha de papel
É cruel pensar que basta virar uma página,
E tu estás lá.
Não é uma imagem nítida,
São apenas letras que formam palavras descritivas
Que ilustram o ser que me fascina.
Pegar numa caneta e escrever aquilo que vejo nos teus olhos,
É ainda mais aterrador.
Não posso…
Torna-se quase impossível.
Tento em vão chegar ao fundo azul
Rasgado numa face lânguida,
E mergulho.
Caio sem forças para nadar na tua maré
É demasiado forte…
Fico-me pelo Fascínio dos teus olhos
Porque o amor está nos meus
Que procuram sem cessar entre páginas vazias,
Letras, palavras e expressões,
Que me falem de ti.