sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Voltar no tempo.




Existem muitos momentos na minha vida em que desejo que o tempo volte para trás, sinto tanta falta de voltar a ser criança. Não fui uma criança com muitas regalias, e felizmente que assim foi, hoje dou muito valor a tudo aquilo que consigo graças á humildade com que fui criada, mas foi-me dado muito amor, a mim e aos meus irmãos. Temos uma família grande, com imensos primos, todos pessoas especiais. Crescemos juntos, entre brincadeiras e descobertas. Lembro-me perfeitamente da maior parte das brincadeiras que tinha-mos, muitas delas surgiam do nada, porque muitas vezes era esse nada que nós possuía-mos materialmente, mas felizmente o nosso interior era cheio de imaginação e uma enorme vontade de brincar, e por longas horas a nossa imaginação voava, e levava-nos a lugares incríveis, onde não nos faltava nada, nem carro, nem boneca, e entre casas cheias de luz e coisas bonitas, qual sitio do Pica Pau Amarelo, o nosso sitio era o melhor do mundo.
E sem falar das longas tardes de praia, passadas dentro de água a tentar fazer frente ás ondas, só saia-mos da água quando os dedos estavam mais enrugados que uma passa de uva, e ai estendíamo-nos sobre a areia quente a fitar o sol á espera de aquecer de novo para voltar a sentir o sal do mar.
Serões de Verão passados a contar e desvendar segredos uns dos outros, cada conversa era especial, e tudo era segredo por isso sussurrávamos cada palavra que saia das nossas bocas sedentas de conhecimento, ou a contar historias de fantasmas que ouvimos os mais velhos contar na noite anterior, assustando os mais sensíveis. Lábios que se juntaram num primeiro beijo, acendendo a primeira paixão numa brincadeira inocente, gargalhadas soltas no ar que nunca deixam morrer a alegria de ser adolescente.
Coisas simples e fáceis de obter, sem complicações, apenas acreditava-se que era possível tudo o que quisesse-mos existisse, e ai as nossas cabecinhas soltavam as amarras como quem desfaz um laço de cabelo mal atado, e voa para bem longe, e sempre com um sorriso nos lábios, porque sabia-mos que apesar de tudo, por detrás dos que os olhos podem ver, existe um mundo, vasto, onde se pode ser aquilo que quiser como quiser, sem dar satisfações ou explicações, um mundo que só nós temos a chave, para poder entrar e sair sempre que nos apetecer, e sempre que este em que vivemos nos desiludir.
Era duro quando tinha-mos de voltar á realidade, e a lamuria era sempre a mesma, “mãe só mais um bocadinho, pode ser?”, mas ao lembrar que podia-mos voltar sempre que nos apetecesse, um sorriso cúmplice era esboçado nos nossos rostos, e o brilho nos olhos era reavivado “adeus prima até o próximo fim-de-semana”.
Isto é ser criança, isto é ser feliz, é disto que eu sinto falta.















quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Querido diário.

Digamos que o que escrevo hoje é um pouco diferente do que foi escrito no desabafo anterior, as coisas felizmente resolveram-se se mal entendidos foram desfeitos (para minha satisfação), e acima de tudo espero que desta vês dê tudo certo, pelo menos penso que tudo esteja a ser feito nesse sentido, não quero criar expectativas, mas também quero viver com um pouco mais de intensidade tudo o que esta a acontecer e o que esta para vir a acontecer. Sinceramente estou sem palavras, e é me um pouco difícil de descrever o que sinto, nunca tinha vivido uma situação assim, não sei se estarei a confiar demasiado, afinal somos estranhos, nunca vimos os nossos rostos pessoalmente, mas existe uma cumplicidade nas nossas palavras como eu nunca tive com ninguém, quero deixar-me ir e ver onde a maré me leva, e quero que me leve a bom porto.Eu preciso que me leve a bom porto.
Não quero deixar uma imagem minha de uma pessoa inconsequente, apesar de saber que me estou a atirar de cabeça, mas sim de uma pessoa que acredita que coisas boas podem acontecer, e isto tem sido muito bom para mim, eu sinto-me viva, desejada, e com vontade de partilhar esse desejo, com quem me faz sentir assim, não estou a querer nada de mais, apenas momentos bons…Não consigo dizer mais nada, faltam-me as palavras, pode ser que daqui as uns dias consiga arranjar os adjectivos adequados, e que de certa forma vos faça sentir com as minhas palavras o que sinto agora.

Fiquem bem.

Apaixonem-se muito, e amem ainda mais esta vida maravilhosaJ

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Na margem do rio piedra eu sentei e chorei.


Conta a lenda que tudo o que cai nas águas deste rio - as folhas, os insectos, as penas das aves - se transformam nas pedras do seu leito.Ah, quem me dera que eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atirá-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças.Nas margens do rio piedra eu sentei e chorei. O frio do inverno fez com que sentisse as lágrimas na face, e elas misturaram-se com as águas geladas que corriam diante de mim. Em algum lugar, este rio junta-se a outro, até que - distante dos meus olhos e do meu coração - todas as águas se confudem com o mar.Que as minhas lágrimas corram assim para bem loje, para que o meu amor nunca saiba que um dia eu chorei por ele. Que as minhas lágrimas corram para bem lonje, e então eu esuqecerei o rio Piedra, o mosteiro, a Igreija nos Pirineus, a bruma, os caminhos que percorremos juntos.Eu esuqecerei as estradas, as montanhas e os campos dos meus sonhos - sonhos que eram meus, e que eu não conhecia.Eu lembro-me do meu instante mágico, daquele momento em que um "sim" e um "não" podem mudar toda a nossa existencia. Parece ter acontecido há tanto tempo e, no entanto, faz apenas uma semana que encontrei o meu amdo e o perdi.Nas margens do Rio Piedra escrevi esta historia. As mão ficavam geladas, as pernas entorpecidas pela precisão que eu precisava parar a todo o instante.- Procure viver. Lembrar é para os mais velhos - dizia ele.Talvez o amor nos faça envelhecer antes da hora e nos torne jovens quando a juventude já passou. Mas como não recordar aqueles momentos? Por isso escrevia, para transformar tristeza em saudade, a solidão em lembanças. Para que, quando acabaçe de contar a mim mesma esta historia, se pudesse lançar no piedra - assim me tinha dito a mulher que me acolheu. Para que então - lembrando as palavras de uma santa - as águas pudessem apagar o que o fogo escreveu.Todas as historias de amor são iguais.(Paulo Coelho - Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei)

Momentos de Paixão


À chegada de uma estranha, olhares que se cruzam pela primeira vez. As vozes trémulas e as incertezas no ar. O primeiro toque... o primeiro beijo no rosto... um suave aroma a rosas que paira no ar.
A respiração acelera e o coração dispara, e num olhar, a cumplicidade transparece esboçada num sorriso tímido. Em gestos, está tudo lá. Tudo o que foi dito, todas as vontades, todas as revelações…

Um toque desastrado que faz arrepiar a pele... Ficam sem ar e o tempo pára. Não sabem durante quanto tempo, mas querem que dure para sempre.

Os rostos unem-se suavemente e não querem desviar o olhar um do outro. Tudo parece irreal, mas os seus lábios estão demasiado ávidos de desejo para se resistirem durante muito tempo. E selam num beijo, que tem tanto de ardente e apaixonante como de afectuoso e meigo. As mãos tocam as faces para terem a certeza de que é real. Ela acaricia-o, prende-o, não o quer deixar, mesmo que tudo não passe de um sonho.

E finalmente num abraço sentem os seus corpos por completo. Fortes e cheios de vida, vida que transborda sensualidade e desejo, que nem mesmo as sete chaves dos sete céus conseguem conter. Querem-se libertar e entregar um ao outro e nada naquele momento os vais deter. Ali não existe nem consciência ou pudor. Apenas a vontade de se possuírem e de se amarem. A respiração torna-se cada vez mais ofegante e nada os faz parar. Não precisam de apresentações, ambos já sabem o que querem um do outro.

As mão dele percorrem cada centímetro daquele corpo de mulher, um corpo que deseja ser tocado, acariciado e deixa-se levar nos braços da luxúria. E do prazer. Ele sente a sua pele perfumada e beija-a… os seus seios estão duros de prazer e pedem mais, são estimulados por mãos fortes, gemidos que saem da sua boca a cada segundo. Ela sente o seu bafo quente a percorrer a sua barriga trémula, estremece…

Os lábios voltam a unir-se, mas desta vez mais sedentos e ansiosos. Ele penetra-a, devagar, olhando-a nos olhos, olhos que se deleitam com o frenesim a que se entregaram. Finalmente sente-o dentro dela, quente, forte e vigoroso. Gritos mudos saem das suas bocas ao se sentirem dentro um do outro. Movimentos intensos e lentos fazem escorrer suor pelos seus rostos. Fecham os olhos e sabem que mesmo assim não precisam de dizer mais nada, sabem que finalmente são um do outro.

Movem-se docemente, aquele momento é importante, e mais uma vez desejam que o tempo pare, e que a realidade seja um sonho distante. Mas o êxtase está perto e não têm como se conter. E num abraço chegam juntos ao culminar daquela aventura : unidos selam a paixão com um beijo, fecham os olhos e sabem que são só eles dois e mais ninguém…e a história começou assim…


Por:Angélica Gomes

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Behind the clauds


I can see my angel behind the clouds
Shining like a star
Strong and firm like a rock
Smiling for me
And singing a song
He is telling me that you´re real
You do exist
To make me happy
And all the tears that a cried
Dried with the sun lights
Warming my face and my earth again

Por: Angélica Gomes

A declaração de amor.





…aconchegado
Por uns braços meigos e quentes
Suaves como cetim
Envolventes como algodão
E num suspiro leve e solto dormes o sono dos anjos
Sorridente e calmo
Apaixonante e quente
O corpo é como um lençol
Abraçando as almas carente
Ardentes de paixão
Respira suspira
Dentro de uma redoma
Que te toma e agarra
És meu
Sem tréguas ou limites e deixas te levar
Sem medo
Se eu te disser ao ouvido
Quase a sussurrar
Que a noite pode não ter fim
E as estrelas brilham só para nós
Ficas deitado a meu lado
E o amanhã não existisse
Apenas nos
A lua e a imensidão do universo celestial
Se eu te contasse
Se eu te confidencia se
O que as arvores as flores e o rio me confessaram
Que tudo somos nós
E que nós somos um todo
Ficarias ao meu lado quieto
Velando o meu sono
E mirando o meu sorriso
Ai se o planeta conspira que conspire sobre nós
Que conspire e me revele finamente que nós somos e o que somos
A dança que faço para ti e para o universo
Plena de sensualidade
Agradeço a sheckinah
A bênção de ser tua
Queres sentir essa dança
Como se entrasses dentro de mim
E possuis o que de mais puro eu tenho
Dou a minha alma o meu ser
É tudo teu
É tudo meu
É tudo nosso
Numa união sem medo
Sem vergonha ou desdém
Assim como se fez o mundo

Que se faça o amor e a vida entre nós.
Por: Angélica Gomes
(obrigado A)