quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Fim de semana de dança e convivio

Fim-de-semana de dança e convivo

Fim de semana cheio de dança animação, gastronomia e espectáculos, na sociedade recreativa de Olhão.
Dias 4, 5, e 6 de Setembro, a partir das 9:30h da manhã, onde começa com um espectáculo de abertura de dança Oriental dia 4 de Setembro pelas 22:00h, apresentado pela professora Denise de Carvalho e pelo grupo Mirsalah.
Nos dias 5 e 6 haverão workshops durante todo o dia, nomeadamente de Dança oriental, Capoeira, Flamenco e Kizomba, feira de artesanato, comidas tradicionais dos países intervenientes, bares com bebidas e petiscos, muita música, diversão e convívio a tarde toda.
Vão haver também espectáculos nos três dias, protagonizados pelos professores e alguns dos seus alunos e projectos em curso, onde existe a promessa de diversão e espectáculos com qualidade.

PROGRAMA
v Dia 4 de Setembro.

Espectáculo de abertura no dia 4 de Setembro, com a professora Denise de Cravalho e o Grupo Mirsalah
v Dias: 5 & 6 de Setembro
Workshops com os seguintes horários:

9:00h - 11:00h – Dança Oriental

11:15h– 13:15h –Capoeira

13:30h – 15:30h - Flamenco

15:45h – 17:45h -kizomba

18:00 h – 20: h - Oriental intermédias (coreografia)
Os workshops serão feitos nos dias 5 e 6.

v Espectáculos, sábado e domingo.

9:30h- Abertura com capoeira –
9:45h – Kizomba.
10:00h – Flamenco
10:15 – Dança Oriental (fecho)


Cada workshop terá um custo de 17.50€/Diário, oferta do 5º workshop na participação em quatro workshops.

A entrada para cada espectáculo terá um valor de 2€ por pessoa, crianças até aos dez anos não pagam, assim como os participantes dos workshops.

Þ Para qualquer informação ou reserva por favor contactar Angélica Gomes, através dos n.ºs: 967460732/918993576

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Do passado com Amor

-Então como correu a noite de ontem? Vá, conta-me estou em pulgas.

Olho para a Maria por cima do rebordo do copo de chá gelado que estou a beberricar, e fico satisfeita ao ver a sua ansiedade a crescer á medida que aumento suspense para lhe contar como foi a minha noite anterior.

A minha melhor amiga, energética que só ela, fazia-me a vida negra com tanta energia que tinha dentro de si, e ao mesmo tempo espevitava-me, ninguém era capaz de ficar indiferente aos estímulos do convívio com uma pessoa assim.
Estava parada á minha frente com os olhos arregalados, qual criança á espera de um doce, quase sentia o seu coração a sair pela boca de tanta euforia.
-Queres mesmo ouvir, tens a certeza de que não te vais aborrecer?
-Daqui a pouco aborreço-me é contigo se não abrires a matraca e desembuchares logo tudo.
Soltei uma gargalhada, era inevitável.
-Está bem, eu conto tudo, pormenorizadamente.
-Espero bem que o faças rapariguinha…
-Aqui vai. Ontem como sabes recebi uma chamada “dele”. Fiquei muito surpresa, nem sabia o que dizer, receber uma chamada de alguém que á tanto tempo eu ando a tentar chamar a atenção, e que simplesmente não me dava importância, era mesmo uma surpresa, e uma oportunidade única, uma verdadeira preciosidade.
- O que é que queres dizer com isso?
- Já vais perceber, calma.

Perguntei friamente o que queria, não queria dar o meu lado fraco, depois de tantas tentativas frustradas, era só o que faltava eu ceder ao primeiro telefonema que me fizesse. A resposta não se fez demorar.
- Desculpa não queria estar a incomodar!
- Não incomodas, apenas estou surpresa com o teu telefonema.
- Eu sei. Não penses que as coisas me passam assim tão despercebidas.
- Desculpa acho que não estou a entender?
- Eu gostaria de te explicar tudo Cristina, mas será que nos podíamos encontrar?
- Encontrar?
- Sim, desculpa sei que não será a melhor hora, mas precisava de falar com alguém e só me lembrei de ti.
A proposta e o argumento deixaram-me tonta, como é que alguém como ele, sempre rodeado de amigos, só se lembraria de mim para desabafar. Algo não batia certo, mas a curiosidade faz muita coisa, e só o facto de também ter a oportunidade de lhe dizer umas quantas, também me fez aceitar o convite. Via ali uma oportunidade única de me vingar de todas as humilhações que me fez passar, aquele pretensioso sempre de nariz empinado, iria finalmente saber o que penso de gente que simplesmente ignora a existência de outras pessoas e sentimentos, era o orgulho de uma mulher ferida a falar mais alto.
Claro que não era eu quem iria sair de casa para se encontrar com o menino, preferia combater no meu território, e decidi a minha casa seria esse campo de batalha, e assim foi.
Desliguei o telefone, e fui vestir algo mais decente, e como estava calor apenas coloquei um vestido de algodão branco e apanhei o cabelo, estava muito quente, nem sequer me preocupei com o meu aspecto, ele já não me interessava, por isso, para quê arranjar-me.
Enquanto esperava pelo belo príncipe, fui até á varanda, a brisa estava tão agradável que não resisti e fiquei ali pendurada a receber aquele brinde fresco, nisto ouvi um carro a parar, era ele.
Saiu do carro e antes de tocar á campainha olhou para cima, como se estive a meditar se tocava ou não, ao ver-me não teve alternativa, entrei e abri-lhe a porta.
Bateu quando chegou, e eu muito séria abri a porta.
- Boa noite!
- Olá boa noite, como estás?
- Bem.
O diálogo estava um pouco seco, penso que nenhum dos dois sabia como agir. Eu porque estava magoada, ele porque pretendia justificar-se sem saber como.
Decidi quebrar aquele gelo, o ar estava a ficar pesado, e pedi-lhe que entrasse.
Não pude deixar de sentir o aroma fresco e leve que se fazia sentir no ar, aposto que era o seu perfume, agradável com certeza.
- Entra e acomoda-te na sala, vou buscar um chá-gelado para nós, está muito calor.
Mal olhei para ele na verdade, não me queria sentir fraca, e ao tratá-lo daquela forma, só mostrava que era uma mulher segura de mim e que o tinha ultrapassado. Fui buscar o chá, e servi em silêncio um copo de chá fresco de framboesa para cada um, antes que trocasse-mos qualquer palavra, dei um gole enorme no meu, estava demasiado quente e a situação não ajudava, senti-me melhor com aquele liquido fresco a percorrer a minha garganta, respirei fundo e depois encarei-o, penso pela sua expressão que não estava á espera de tal confronto.
- Então que fazes por aqui, achei o teu telefonema muito estranho.
- Não poderias pensar outra coisa de mim depois de tudo, não é mesmo.
- Que bom, lês pensamentos, assim não preciso de me dar ao trabalho de te explicar tudo.
- Ironia!
- Não!!!! Achas mesmo porque haveria de ser? Afinal de contas sempre me desprezas-te, e de repente lembras-te de que existo e ligas-me a meio da noite porque precisas de falar com alguém, um tanto ao quanto estranho, já que tens imensos amigos e eu nunca passei de uma conhecida, que por acaso sempre tiveste o n.º de telefone na tua lista telefónica, mas nunca mandas-te sequer uma mensagem de feliz natal.
Mas uma pessoa como tu, deve no mínimo achar este comportamento normal… – não me conseguia calar, só me apetecia deitar cá para fora tudo o que tinha guardado durante aquele tempo todo.
De todas as vezes que lhe telefonei e não me atendia ou dizia que estava ocupado, ou das festas em que nos encontrava-mos e ignorava-me, nem olhava para mim, cheguei a achar que o problema era meu, como pude.
- Espera, antes de continuares a despejar toda a raiva que sentes de mim, e eu entendo que te sintas assim deixa-me explicar.
- Explicar hã! – Fiquei a olhar para a cara dele por uns minutos, a apensar se lhe daria uma oportunidade.
Lembrar-me de que ele nunca ma deu revoltava-me, mas se não a desse a ele essa oportunidade, estaria a ser como ele, e isso não queria de certeza.
- Vou dar te uma oportunidade. A primeira e a ultima, e espero que sejas pelo menos muito convincente.
- Não preciso ser convincente, preciso é de falar a verdade.
A falar assim até parecia um menino sério e cheio de boas intenções.
- Eu sei que á muito tempo tentas chamar a minha atenção, acredita que não ta dei por maldade ou por me achar bom demais longe disso…
- Ninguém diria!
- Desculpa deixa-me continuar. Tu nunca me foste indiferente, muito pelo contrário, sempre te achei uma das pessoas mais atraentes que conheci. Mas fui obrigado a afastar-me de ti cada vês que estava-mos no mesmo sítio.
Nem queria acreditar no que estava a ouvir, estava definitivamente á espera de outros argumentos, mas nunca daquilo. Engoli em seco e resolvi não fazer nenhum comentário, deixei-o falar.
- Quando nos conhecemos o ano passado, eu estava noivo, a relação não estava a correr pelo melhor mas de qualquer das formas, eu e ela decidimos tentar mais uma vês e casar foi uma opção. Naquela festa em que te vi pela primeira vês, fui lá com os meus amigos porque estava chateado com ela, e não me apetecia estar sequer em casa, por isso fui. Chamaste-me a atenção imediatamente, e quando te aproximas-te de mim para te apresentares eu confesso que até fiquei nervoso, mas tive de me conter, afinal tinha alguém em casa á minha espera, e não seria correcto só porque nos tínhamos chateado, eu sair e arranjar uma companhia assim. Aceitei o teu numero de telefone, mas nunca fiz uso dele nem atendia os telefonemas porque queria ter a certeza de que já não amava a minha companheira na altura, ter uma aventura até podia confundir-me mais ainda, e até poderia tomar a decisão errada.
- Por isso é que temos o livre arbítrio, para tomarmos decisões e fazer escolhas, um telefonema podia ter feito muita coisa na tua indecisão, mas claro escolheste o caminho mais fácil que foi, não me dizeres nada, não atenderes as minhas chamadas e continuar a aparecer nos mesmo lugares que eu…sabes o quanto isso me magoou? Porque o fizeste?
- Não conseguia tirar o teu rosto e o teu perfume da minha cabeça, e queria ver-te nem que fosse como foi. Mas não me podia aproximar mais, iria fazer uma loucura de certeza.
Não sei se fiquei contente, aliviada ou com mais raiva ainda. Depois de tanto tempo só agora é que teve coragem de me dizer o porquê do seu comportamento.
Realmente o ser humano tem formas estranhas de reagir ás situações, mas não queria censurar, não queria esse papel para mim, sou humana também e sei lá os erros que posso cometer amanhã, mas que temos maneiras de pensar diferentes temos.
Deixei que continuasse o seu discurso de homem apaixonado e arrependido.

-Depois de algumas meses nesta agonia, e muitas brigas, resolvi tomar uma decisão, e acabei tudo com ela.
- e agora vens ter comigo porquê?
É claro que sabia a resposta mas queria ouvir da boca dele, bebeu um gole de chá, e encarou-me.
-porque quero-te!
Ficou a olhar para mim sem pestanejar, queria ver uma reacção minha. É claro que aquilo mexeu comigo, mas não sei se foi assim tanto. Um sorriso saiu da minha boca assim como as palavras que se seguem.

- Um ano e meio…muitos telefonemas e mensagens á espera de resposta, olhares que eram desprezados fosse onde fosse… e agora queres-me? Nem sei o que te dizer, aliás até sei, agora não sei se sou eu quem te quer.

Os olhos dele perderam o brilho completamente, não era a resposta que estava á espera de certo.
- Estás surpreendido? Não estejas, põe te no meu lugar por um segundo. – a minha vós era calma e serena, sabia perfeitamente o que queria lhe dizer.
- É difícil não é? Ouvir assim uma resposta destas quando as expectativas ou esperanças são altas. Pois mais difícil foi para mim não ouvir nada da tua boca, a indiferença magoa ainda mais, mas fortalece também, e é isso que vou tirar partido do que nos aconteceu.
Não sei quem tu és, nem o que pretendes com esta atitude egoísta, nem sei se quero saber, o que sei é que não quero ter algo com uma pessoa que toma atitudes a pensar só em si, porque foi o que fizeste, alguma vês pensas-te em mim ou na tua “noiva”, no que sentíamos, eu enquanto a pessoa que te deu o n.º e aceitas-te mesmo estando noivo, mas nunca disseste nada, e ela porque lhe deste esperança de serem um casal feliz, mesmo sem gostar dela e prolongaste a vossa agonia, isso não se faz…podias ao menos ter-me contado na altura eu teria percebido, e talvez esperado, mas assim não.

-Espera tu fizeste isso????
- Sim!
- Então estás á imenso tempo á espera de um telefonema dele, e quando finalmente acontece, tomas essa decisão.
- Parece que não ouviste nada do que disse…
- Ouvi sim amiga, e compreendo, mas pensei que estivesses apaixonada por ele, e que perdoasses essa atitude, aliás ele explicou-se e tudo!
- Eu sei, mas podia tê-lo feito naquela altura, eu fiquei muito ferida, não sabes o quanto me custou, mas teve de ser.
- E como ficou a conversa?

- Devias de ter visto a cara dele, olha parecia a tua agora. – Risos.
- Vá para com isso e conta.
- Como estava a dizer. A cara dele fechou-se, ficou inexpressivo, nem me conseguia encarar. Deu mais um gole no chá e olhou para mim outra vês.

- Vejo que pedir desculpa não vai bastar?
- Não.
- Tens toda a razão, fui egoísta, e isso não te posso tirar. Mas fica sabendo que não vou desistir de ti.
Desta eu não estava é espera…
- Bom ao menos és persistente, o que pensas que podes fazer para me conquistar?
A minha pergunta era um desafio, queria saber se era só palavreado de quem me queria levar para a cama, se assim o fosse diria que me ia cobrir de mimos, jantares, flores e caixas ridículas de bombons em forma de coração, e ai, ele e as caixas de bombons ia pela janela fora, ou se de alguém que gostava de mim e apenas tomou a atitude errada e queria emendar-se do erro que tinha cometido, tudo iria depender da resposta.

-Sou egoísta, e fui incorrecto, eu sei…mas ninguém me pode dizer que não posso lutar por ti e mostrar-te que posso ser diferente. Podes nem sequer olhar mais para a minha cara depois de tudo, mas que gosto de ti gosto e isso não me é indiferente de forma alguma, abdiquei do meu medo de ficar sozinho, deixei a minha vida segura ao lado de outra mulher que me dava tudo, incluindo o seu amor, e fugi para ti, sem nada…não sabia se ias querer ao menos falar comigo mas decidi arriscar, isto não foi egoísmo, foi paixão. Não nos conhece-mos assim tão bem, nem sei se pode resultar entre nós, mas mesmo assim, pus a insegurança de parte e vim até ti.
Não me interessa se achas os meus argumentos plausíveis o suficiente para me perdoares, nem me interessa, são estes que tenho e mais nenhuns, se os quiseres são teus, se não vou-me embora e nunca mais ouves falar de mim, sei que te magoei e isso não posso mudar, mas vou tentar apagar isso de dentro de ti. Ainda não sei como, mas deve de existir uma forma tenho a certeza.

Esta era a resposta que esperava, e a sinceridade nos olhos era evidente. Cometeu um erro, e feriu pessoas, assumiu e tomou uma decisão quanto a isso, que mais queria eu ouvir …é certo que o meu pé estaria sempre atrás, estas coisas não se esquecem só assim, e muitas vezes não se esquecem de todo, mas eu podia tentar. Ele feriu-me, mas não podia negar que mexia comigo, a ferida estava aberta, ele queria fechá-la e porque não deixar.
- Não estava á espera da tua resposta, confesso. – Disse eu. – Quando me telefonaste para cá vir, vi isso como uma oportunidade de te dizer tudo que estava preso na minha garganta, e foi mais ou menos o que fiz, visto palavrões estarem incluídos na primeira versão… - esta observação fez-nos rir aos dois. – Mas, a tua resposta salvou-te, e salvou o pouco que ainda sinto por ti.

- Então quer dizer que me vais dar uma oportunidade?
- Vou, mas não cries expectativas por favor, dá-me espaço, a minha cabeça precisa de assimilar tudo o que foi dito aqui.
- Vais ter o tempo que precisares.
- Obrigada.
- Então como fazemos?
- Vai para casa, já chega de emoções por hoje, amanhã falamos!
- Ok. Então vou-me embora. Telefonas-me?
- Liga-me tu…
- Está bem eu ligo.

Acompanhei-o até á porta, e fui sozinha para a cama, e acredita que á muito tempo não tive um sono tão descansado.

- Diz uma coisa á amiga, ele já telefonou?
- Hum hum. Logo no dia seguir pela manhã.
-Tu atendes-te.

Fiz um breve silêncio, o sorriso que transpareceu nos meus lábios fez a minha querida a miga ficar com os olhos arregalados e boca aberta á espera de uma resposta negativa, mas ficou surpreendida com a revelação que lhe fiz a seguir.

-Ligou sim, da cozinha para saber como é que gostava dos ovos, bem ou mal passados.
- Espera afinal foi embora ou não?
- Foi esta manhã.
Soltei uma gargalhada, a Maria estava sem palavras, e antes que começa-se a papaguear, disse que estava na hora de voltar ao trabalho dei-lhe um beijo na cara e sai a correr. Não tardou recebi uma mensagem dela a dizer, que tinha de lhe contar a melhor parte. Mas essa guardei só para mim.
Depois de acabar-mos a conversa, enchi de novo os copos com chá, a minha garganta estava seca e precisávamos de nos refrescar daquele calor, a temperatura dos nossos corpos tinha subido com o calor da conversa. Acho que bebi o liquido todo de seguida, e como sabia bem, involuntariamente e a pedido do meu corpo fui para a varanda para ver se ainda restava alguma brisa fresca como á que tinha passado meia hora antes, tive sorte, uma rajada suave envolve-me, soltei o cabelo e senti o vento a entrar pelas madeixas de cabelo, relaxei de deixei-me estar a saborear o momento.
Quando dei por isso ele estava ao meu lado a olhar.
- Desculpa tinha de vir apanhar ar, está muito calor lá dentro.
- Não faz mal, estás á vontade a casa é tua lembras-te? – Sorriu e eu sorri também.
È verdade estava na minha casa e estava á vontade, depois é que me lembrei que estava muito pouco arranjada, que ideia teria ele ficado de mim ao me ver assim, e agarrei o cabelo, a minha expressão e gesto devem de ter sido muito evidentes, porque comentou que estava bonita assim, com um vestido simples e cabelo solto, e, o que complementava a minha beleza, era o meu perfume, inesquecível.

Não sei se foram aquelas palavras, o ambiente, ou simplesmente a vontade de o fazer á muito tempo, aproximei-me dele muito devagar, olhei para aqueles olhos castanhos, brilhantes e perfeitos, passei a mão pelos lábios dele e beijei-o, queria ver o que causava em mim, estava com receio de ter tomado uma decisão por capricho e necessidade de vingança, mas enganei-me redondamente. A boca dele estava fresca e doce do chá, beijava tão suavemente e calmamente, que parecia que o tempo tinha parado por aquele beijo. Quando parei de o beijar, mantive os olhos fechados e deixei a cabeça descair para trás, o vento continuava a soprar, entrava pelos cabelos soltos movendo-os ao seu sabor e capricho.
Colocou as mãos nas minhas costas agarrando-me com medo que caísse, e fiquei a saborear o beijo que demos por momentos, e, o ar que me refrescava nos braços dele.
Sentia perfeitamente o seu olhar em mim, podia dizer exactamente os pontos para onde passava os olhos.
Primeiro olhou para os meus cabelos castanhos soltos ao vento, admirou as formas onduladas que sobressaiam ainda mais com aquela dança, depois os olhos, que adquiriam inocência ao se manterem fechados, e me davam um ar desprotegido, depois a boca que o beijara sem avisar e que o deixou sedento por mais, sorriam discretamente para ele, pois eu sabia a seguir a forma e elegância do meu pescoço e colo, respirava calam e serena e isso endoidecia-o, os botões entreabertos do vestido e a sua transparência evidenciavam os meus seios arrepiados pela corrente de ar fresca. Sentia-o, sentia-o a olhar terna e ardentemente para mim, era demasiado penetrante e intenso para me passar despercebido.
Tudo o que aquele homem imaginou em mim durante aquele tempo estava ali, a dar-lhe uma segunda oportunidade, e a entregar-se de uma vês por todas, aquele beijo era o sinal.

Abri os olhos, olhei para ele, não tinha duvidas, estava rendido, não se tratava de poder, mas sim de conquista e submissão, e ele estava submetido á minha vontade.




Uma vontade que nas minhas duvidas obsoletas, não sabia se queria usá-la ou não como arma de vingança, estava aos poucos a render-me também ao homem por quem á uma ano atrás entregaria tudo o que fosse meu, apenas para ser sua.

E a poesia do momento não me estava a ajudar em nada só me confundia ainda mais. Não podia negar a maneira como olhava para mim e me desejava, deixava-me tonta, era um querer e não querer que me martirizava. Um beijo podia não significar nada. Mas entregar-me era tudo.
Como não podia deixar-me levar naqueles braços fortes e reconfortantes, como não me entregar aos prazeres de uma paixão reacendida?

Colei o meu corpo ao dele apenas coberto pelo fino tecido de um vestido branco, senti cada poro do seu inalar o ar que me rodeava e embarquei, a maré estava alta e o capitão queria comandar o navio desgovernado que era eu.

Sobre marés atormentadas, o leme estava solto e sem dono, beijo após beijo queria cada vês mais estar perto do meu comandante, e como era bom sentir a tempestade apaziguar, abonança é maravilhosa.

Num ápice e envolvidos completamente nos braços um do outro, a phenix renasceu e acendeu a velha chama vinda do passado.

Não quis mais soltar os lábios dele dos meus, e um beijo doce perfumava o ar e embriagava-me, as mãos que agarravam cada centímetro de mim inundavam-me de pequenos e demorados prazeres carnais, pecados e desejos escondidos fundidos e despertos das cinzas.

Entrámos e fomos para o meu quarto, sem grafonola a tocar ouvia uma canção que me embalava naquele sonho doce.

Deitados em lençóis brancos despimos que havia para despir, e na nudez encontrámos o nosso par, perfeito, encaixados e sem medo demos asas aos nossos desejos sem pudor.

As páginas escritas a seguir descrevem um rol de momentos cheios de prazer e amor. Movimentos ondulantes e intensos fazem libertar de duas bocas havidas de desejo, ais e suspiros profundos. Seios desnudos, peles que se tocam quentes, excitadas, as mãos entrelaçam-se.
O corpo de uma mulher que aceita ser possuída, e deixa que sobre si e dentro de si, o seu parceiro deposite toda a sua virilidade máscula, nem um centímetro dentro dela fica por preencher, completam-se na perfeição.

Não sei durante quanto tempo, os gemidos e palavras descontroladas saíram das nossas bocas, nem sei quantas vezes as estrelas se abateram sobre nós, conscientes ou inconscientes, mas certos do que queríamos, só sei que sobre o leito da minha cama, tive a melhor noite da minha vida, e que na mesma, esta manhã, encontrei os mesmos olhos que procurei e desejei á um ano atrás. Agora estavam ali, observando cada pedaço de mim. Agora sem culpas e sem medos, e certos do que queriam…

Hoje enquanto escrevo estas frases, já não sinto aquele sentimento de vingança, dei uma segunda oportunidade e sinto-me feliz com isso.
Decididamente as palavras não transpõem os sentimentos, e os gestos podem mudar muita coisa…

Ele veio, entregou-se, ficou vulnerável ao que sentia sem vergonhas e não desistiu.
Eu cresci, subi um patamar na minha história pessoal, mas não deixei que isso me torna-se arrogante e baixei a guarda quando foi necessário…o resto quem sabe, o hoje sabemos e vivemos nós, isso é viver.

Quando voltei a acordar já só naquela manhã, tinha um bilhete e uma margarida branca sobre o lençol amachucado. Começava com, “ Do passado com Amor” e não tinha fim apenas reticências…

Por:

Angélica Gomes

segunda-feira, 1 de junho de 2009

De Joelhos Maria.


Olá meus leitores assíduos!!!!
Tinha de partilhar este momento convosco, pois o que se passou deixou-me muito contente, estava aqui a menina a ver uma revista semanal que se dá pelo nome de vidas, e qual eu sou uma leitora assídua, (nada de criticas toda a gente gosta de fofocas), especialmente de uma rubrica que se chama De joelhos Maria, nada mais nada menos que uma rubrica que fala abertamente sobre sexualidade e dá algumas sugestões aos leitores. Há uns dias decidi enviar por e-mail um dos meus contos, e esperar pelo resultado, a resposta não se fez esperar e, responde-me com um e-mail muito lisonjeador, e que quem sabe um dia iria fazer menção ao meu blogue. Hora aqui a menina já ficou contente com uma resposta positiva e o incentivo para continuar a escrever(sim porque alguém me responde).
Mas eis se não quando, estava eu a passar os olhos na minha revista, quando vejo uma nota sobre o meu blogue, com direito a foto e tudo, gente não é uma coisa do outro mundo, mas é alguma coisa e eu fiquei para além de surpreendida, muito mas muito contente. E passo a citar toda babosa o pequeno mas importante para mi e o meu ego o texto escrito sobre o meu blog:
“ Ás vezes não é preciso mais. Imaginação e gosto pela escrita bastaram para levar uma leitora assídua e esticar ideias em sugestivos contos eróticos. São páginas e letras em versão on-line num blog de Angélica Gomes - descobrir com muito gosto”.
Afinal parece que até escrevo bem, e ser elogiada pela “Maria”, a quem eu admiro imenso, é melhor ainda…

Espero que gostem do blog, (mesmo não deixando qualquer comentário), sei que andam ai muitas visitas e apreciadores da minha escrita…

Amem muito e façam o favor de serem felizes.

Por: Angélica Gomes

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Posso conhecer-te?


Posso conhecer-te?

Esta era a pergunta que muitas vezes apetecia-me que saísse da minha boca, mas era demasiado tímida para proferir fosse o que fosse a um homem qualquer que acha-se interessante.
De cabeça baixa e pensamentos distantes seguia na minha rotina diária matinal, desci as escadas do prédio onde vivo e fui direita ao café, pedi o do costume, paguei e sentei-me na esplanada a beberricar o meu café com leite e a penicar um queque de chocolate. Em cima da mesa estava um jornal, meio antigo devia de ter umas duas semanas, de qualquer das formas decidi abrir e ver o que se tinha “passado”, quem sabe até se me tivesse passado alguma notícia importante.
Abri ao acaso, e por consequência, numa página de conselhos, tipo “Maria”, “Era só o que me faltava”, balbuciei, ler aquelas perguntas incomodava-me um pouco, como é que as pessoas podiam expor assim as coisas mais intimas das suas vidas, não podiam dirigir-se a um médico ou coisa assim para esclarecer qualquer duvida que tivessem!!!
Mas no cantinho do lado esquerdo do jornal estava outra rubrica que eu achava ridícula, aquela em que pessoas solitárias procuravam desesperadamente companhia.
Mas parei um pouco para pensar, “e eu?”, tinha 25 anos e nunca tinha tido um relacionamento sério, apenas as curtes de verão na puberdade, nada mais do que isso, o complexo e a timidez foram tomando conta da minha vida, e fechei-me completamente para o mundo e para uma relação.
Decidi dar uma vista de olhos e ver o que andava por ali, gente solitária como eu, ou depravados á procura de mais uma vítima para alimentar os seus mais básicos instintos.
Frases como, “procuro” e “solitário”, era o que mais se encontrava por ali, mas houve uma que me chamou a atenção, “Posso conhecer-te?”, era uma pergunta e não chamamento desesperado, pareceu-me sugestivo e sedutor. A pessoas em questão intitulava-se como um “senhor de meia idade, bem parecido e bem de vida, procura senhora para convívio e amizade”, o numero de telefone estava mesmo abaixo.
Despertou-me a curiosidade, e era difícil alguém me provocar tal coisa, mas gostava de saber quem era o senhor que perguntava se o queria conhecer, aquela pergunta mexia comigo.
Sem dar nas vistas, rasguei o bocado de papel onde estava o anúncio e guardei no bolso das calças, acabei o café o queque e fui para casa.
Fiquei a olhar para o papel em cima da mesa da cozinha e com o telefone ao lado, mas em que estaria eu a pensar quando o trouxe, e se fosse um tarado, acontece muito, e quem sou eu para ligar fosse a quem fosse, nem tinha coragem de andar de cabeça erguida na rua. num impulso e farta de pensar tanto, marquei o numero e fiquei á espera que alguém atende-se, tocou, tocou e nada, esmoreci e desliguei a chamada.
Mais uma vez a frustração tomou conta de mim, fui tomar banho e despachar-me para o trabalho.
Quando já ia a sair o telefone tocou, ainda hesitei mas voltei a trás para ver quem era.
- Estou?
- Estou sim bom dia, com quem falo?
- Com a Marta porquê?
- Desculpe marta mas eu tinha uma chamada não atendida deste numero…
De repente lembrei-me do anuncio, era ele. Fiquei sem palavras, não estava á espera que me liga-se de volta, e agora que ia dizer, que estava a ligar por causa do anuncio? Não, não, ia parecer uma mulher desesperada, tinha de inventar algo rápido…
- Peço imensa desculpa, mas tem a certeza de era este número, é que esta manhã tentei foi falar com a minha irmã.
- Então deve de ter sido isso, se calhar marcou mal o numero!
- Sim, sim deve de ter sido isso mesmo, mas já agora com quem falo?
- Flávio, o meu nome é Flávio.
Gostava do tom da sua voz calma e simpática, nem acreditava que estava a fazer uma coisa daquelas, nem parecia meu, mas decidi que já que tinha começado porque não ir até ao fim.
- Flávio, peço desculpa pelo engano.
- Não faz mal Marta, mesmo sendo nesta situação, foi um prazer falar consigo.
Não o podia deixar desligar o telefone aquela era a minha oportunidade…
-Espere não desligue.
-Desculpe!!!
-Posso conhecer-te?
A pergunta saiu-me, quando dei conta já era tarde demais.
- Como disse? Quer conhecer-me?
- Peço desculpa, eu não queria ser tão directa, mas gostei da sua voz e, maneira de falar que me deu vontade de o conhecer.
Por breves momentos não se ouviu nada do outro lado da linha, pensei que tinha cometido a minha gafe final, antes de entrar para a velhice completamente frustrada e só.
- Podemos tomar um copo se quiser, e ai conhecia a face por detrás da voz que tanto a agradou. Que me diz?
- Pode ser. Que tal hoje ao fim da tarde na praça?
- Combinado.
Pronto estava marcado e sem volta, agora só tinha de arcar com as consequências. Não me estava a reconhecer nas minhas atitudes, parecia estar a ver um filme de conquista barata, mas mesmo assim estava entusiasmada com toda a situação, e não podia deixar uma oportunidade de mostrar que também sei viver pequenas emoções como toda a gente.
A cada hora que passava a minha impaciência ia aumentado, o encontro com o senhor misterioso, o qual eu conhecia o nome e a voz mas não o rosto, estava mais próximo de acontecer. Mas esqueci-me de um pormenor, como o iria reconhecer e ele a mim…não tínhamos combinado nada. Mas não me importei muito, se não visse ninguém interessante virava costas e ia embora, não teria de fazer fretes a ninguém.
Chegou a hora de sair, fui até á casa de banho e arranjei-me o melhor que pude, um pouco de perfume e um batom singelo deviam de ser o suficiente, fechei a porta e fui até á praça.
Cheguei lá, e aquilo estava cheio de gente que vai até as esplanadas depois do trabalho tomar um café, não ia ser fácil encontrar uma pessoa que nem sequer conhecia o rosto.
De repente ouvi uma vós atrás de mim a sussurrar.
- queres conhecer-me?
Estremeci, não estava á espera de ouvir aquela vós atrás de mim, muito menos a perguntar aquilo, virei-me para ver a sua cara finalmente.
Olhei para ele com um ar interrogativo.
- Flávio?
- Sim sou eu Marta. Como é que soube que era eu? Eu nunca disse como vinha vestida sequer.
- Não precisava. Todas as pessoas que aqui estão vieram acompanhadas, você foi a única que veio sozinha, e para além disso, olhou em volta para ver se encontrava alguém.
- Obvio não é?
- Muito.
Sorriu para mim, confesso que foi reconfortante, e para além disso não era nada do que eu imaginava, pensava ser um homem de meia idade mas com boa aparência. Era um rapaz pouco mais velho do que eu, não era muito bonito mas tinha um rosto bem feito e simpático, loiro de olhos castanhos, alto e bem constituído, as calças casuais e a camisa verde davam-lhe um ar descontraído e simpático. Decidimos ir tomar um copo a uma esplanada um pouco mais calma e reservada do que as outras existentes na praça. Era impressionante o seu cavalheirismo e simpatia, fui relaxando e deixando transparecer um pouco mais de mim.
- Então Marta, trabalha numa loja de artigos para a construção como assistente comercial, é bonita solteira e independente, e prevejo que não existem pretendentes?
- Não, não existe ninguém, se assim o fosse provavelmente não estaria aqui.
- Acha que não mesmo?
- Sim, porque haveria de procurar estar com outra pessoa, principalmente quando não a conheço, já tendo alguém na minha vida?
- Por diversas razões, e posso apresentar algumas. Falta de amor, atenção ou até pela emoção e excitação de estar com outra pessoa que não o seu companheiro.
- Como pode isso acontecer, é ridículo!!!
- você não teve muitas relações pois não?
A pergunta fez-me corar, realmente que estava eu a defender se não tinha um namorado desde mil novecentos e troca o passo, que sabia eu de relacionamentos…olhei para ele envergonhada, não sabia o que dizer não queria demonstrar a minha ingenuidade, mas de que forma não o fazer. Decidi que não ia mentir e assumir a minha inexperiência.
- Não Flávio, infelizmente não. Tenho 25 anos, sou solteira, independente e bem sucedida profissionalmente, mas em contrapartida sou muito tímida e complexada, não gosto da minha aparência, e isso com o passar dos anos afastou-me de qualquer pretensão de arranjar um namorado. O meu ideal de relação, ainda é ter alguém ao meu lado e amá-lo tanto que não teria motivos nenhuns para procurar outra pessoa, mas isso não existe pois não…ensine-me, mostre-me como são as coisas….

A minha resposta deixou-o meio tonto e sem palavras, não estava á espera da pura e simples verdade, e o meu último pedido até o fez corar.
- Marta, peço desculpa, já vi que a abalei com a pergunta e não era essa a minha intenção.
- Não faz mal, assim já sabe que veio tomar um martini de fim de tarde com a mulher mais tímida da cidade…- a minha primeira piada fê-lo sorrir e descontrair.

- Você não se enganou no número esta manhã, isso foi óbvio quando me perguntou se me podia conhecer, essa era a minha frase no anúncio. Pois também vou confessar uma coisa. Eu não era para lhe ligar de volta, estava farto de receber telefonemas de mulheres desesperadas á procura de um homem que lhes satisfizesse as necessidades, quando a minha ideia, era sair com alguém como você, pura e sem interesses básicos e superficiais.
- Agora quem pede desculpa sou eu, fiquei tão envergonhada…
- Não precisa ficar envergonhada ou pedir desculpa, eu estou adorar conhece-la.
Isto fez me sentir muito bem, continuamos a conversar e a conhecermo-nos, o tempo passou e a hora de dizer adeus também, mas eu não queria. Mesmo que não me liga-se no dia a seguir decidi que queria estar com ele naquela noite, e convidei-o para jantar em minha casa, o que ele aceitou sem pestanejar, o sentimento era mútuo.
Chegámos ao meu apartamento, ao qual ela adorou o pormenor da varanda coberta onde estava uma chaise longue em frente á vidraça onde se podia observar a rua estreita de calçada, enfeitada de potes cheios de flores e fetos, o lugar onde passava muitas tardes de domingo a ver a chuva cair ou a ler livros.
Preparei mais dois martinis, e fui para a cozinha ver o que se arranjava para dois estômagos cheios de borboletas do nervosismo. Não tive muito tempo para procurar fosse o que fosse, enquanto estava a abrir uma porta do armário senti uma respiração na minha nuca, parei…
Não me atrevi a olhar para trás, deixei que ele me leva-se. Tinha atado o cabelo e a parte de trás do meu pescoço estava nu, arrepiou-se com o beijo delicado que deu mesmo abaixo da nuca, a minha respiração suspendeu-se, e só voltei a respirar quando me disse ao ouvido, “respira”.
A mão dele dedilha desde a minha orelha ao meu ombro, e faz cair a alça da minha blusa, em consequência vislumbra-se um decote salientado pela roupa interior da cor da pele com bordados azuis bebé, a minha favorita. A blusa cai até á minha cintura e fica retida pelas minhas ancas salientes e bem feitas, agora são as costas o seu alvo, beija-as sempre com delicadeza e diz baixinho o quanto são macias e perfumadas, não me consigo mexer num misto de impaciência e medo, mas deixo-me ir pelas palavras e pela vós.
A minha cintura é agarrada e puxada para si pelas suas mãos fortes, sinto o que lhe provoquei e quero-o ter dentro de mim, mas sem pressa. Ponho as duas mão em cima da bancada e deixo que toque em cada centímetro de mim. Agora tocam a minha barriga trémula e acariciam os meus seios virgens mas despojados de pudor e quentes de prazer, descem sem vergonha e sem pedir licença, e estimulam-me num rodopio suave e constante, entrando e saindo dentro de mim, liberto e inspiro o ar come se fosse o ultima golfada que pudesse dar, o cabelo solta-se e cai sobre as costas outrora nuas.
De repente para e vira-me para si, olha-me nos olhos e sorri, vê finalmente em mim o que sou, uma mulher, que deixou de se sentir mal consigo e com o seu corpo e entregou-se, estava completamente despida dos sentimentos que até meia hora atrás a faziam esconder numa máscara.
Senta-me em cima da bancada e beija-me na boca com paixão, encosta-se em mim e sinto o membro a querer sentir-me, sem avisar afasta a minha roupa interior e faz-me sentir a sua língua quente explorar o meu sexo húmido, deixo cair a cabeça para trás com os cabelos soltos a tocarem a bancada onde estou a deliciar-me com aquela boca sedenta, ais que saem involuntariamente da minha, e suspiros e são cortados no ar a cada movimento feito…o meu peito sobe e desce e os seios doem de tão rijos que estão, sem conseguir aguentar mais, o peito sobe, retém-se durante uns segundos e o meu corpo treme descontroladamente, a minha face fica ao rubro e perco as forças, os meus braços cedem e descaio da bancada, mas dois braço agarram-me, levam-me para a varanda e deita-me sobre a chaise long.
Deitou-se a meu lado e acarinha-me, beija-me e continua a tocar a minha pele arrepiada, despe-se e fica nu a meu lado, sinto cada poro do seu corpo a colar-se ao meu, e depressa se põe dentro de mim, finalmente eu sinto-o entrar, devagar e quente, mexe-se com delicadeza mas intenso, ainda sinto os efeitos da experiencia anterior a fervilhar no meu corpo. Fala-me ao ouvido, diz o quanto sou bonita e sorri quando olha para mim…sinto-me naquele momento uma mulher diferente, e absorvo tudo que se está a passar, mas com uma intensidade tal que o meu companheiro consegue senti-la e conta-me como o sente, a vós é doce mas segura, sabe o que está a dizer, e descreve ao pormenor cada nervo do meu corpo que se excita ao tocar-me, sabe que estou prestes a explodir de novo e a deixar – me levar pelo turbilhão de palavras que me diz e me estimulam. Deixa-mos os dois de respirar e o tempo para, contorço o meu tronco e agarro a cintura dele, quero sentir tudo dentro de mim, sem qualquer restrição sem medo, e consigo, tenho-o por momentos só meu. O ar volta a entrar nos nossos pulmões, olho para ele, está surpreendido, mas feliz, sentiu-me finalmente ceder e entregar-me.
Descansa agora com a cabeça na minha barriga, olha para fora da vidraça e vê a chuva a cair, a minha pele vibra com o timbre da sua vós grave a dizer:
- Posso conhecer-te?
Ao que eu respondo:
- Muito prazer Ângela.
-Muito prazer Luís.





quinta-feira, 7 de maio de 2009

Um Café?

Estava a caminho do trabalho, e a pensar vagamente na minha vida pessoal a relação com o meu namorado estava a ficar cada vês mais desgastada e monótona, o sexo nem se fala, coisa mais aborrecida, nada de novo, era tão chata que já nem tinha grande vontade de tirar a roupa quando estávamos na cama. “bah para quê tirar a roupa” pensava eu, afinal a posição era sempre a mesma e o final sempre igual. Dei mais um golo no café que me escaldava a mão enquanto andava naquele devaneio.
A melhor decisão talvês seria acabar com aquela relação, aquilo já não ia muito mais longe…estava decidido, quando o Hélder chega-se a casa íamos conversar.
Entrei no escritório meio distraída e como consequência esbarrei no estafeta que como sempre entrava e saia a correr sem quase nunca ver-mos sequer a cara dele.
- Chica está quente? – resmungou a afastar a camisa da pele do peito, sem olhar sequer para a minha cara.
- peço imensa desculpa, não o vi.
- para a próxima veja por onde anda, se calhar estas coisas não aconteciam.
O seu tom não me agradou nada, e deixei a simpatia de lado.
- pois olhe que se você não anda-se sempre a correr de um lado para o outro sem sequer levantar a cabeça e olhar para as pessoas, podia também ter evitado este acidente.
O resultado da minha resposta furiosa não se fez esperar, levantou a cabeça e olhou-me nos olhos, confesso que até corei não estava á espera de ver o que vi naquele momento. Um jovem perto dos 25 anos, cabelos escuros e uns olhos verdes lindos, de fazer qualquer queixo feminino que se preze cair, e os lábios então que perfeição…
- parece que estamos quites então. – respondeu num tom de vos menos severo. – peço desculpa, ando sempre cheio de pressa e depois estas coisas acontecem, e u fui um pouco rude.
Não querendo mostrar a minha parte mais fraca ao ver aquele deus grego escondido numa pala de chapéu, tentei manter o meu timbre de voz.
- sim parece que sim. – instintivamente dei-lhe a mão e apresentei-me. Não sei porque o fiz, mas naquele momento não me apetecia nada que se fosse embora assim sem me conhecer, estava a ser um momento estranho.
- Verónica, o meu nome é Verónica.
- Miguel, ao seu dispor.
“Ao seu dispor”, não aquela era a palavra mágica, se aquele homem estivesse ao meu dispor não sei quem ficaria primeiro de quatro, acho que despertou qualquer coisa em mim assim mais selvagem, mas era melhor abafar aqueles sentimentos ou poderiam fazer-se notar apenas com aquele breve mas quente apertar de mãos.
- Verónica, já que derramei o seu café e fui muito pouco delicado á pouco deixe-me pagar-lhe um.
- claro! – eu aceitei nem queria acreditar no que estava a fazer. – mas agora é impossível vou trabalhar como pode ver
Um sorriso tímido deixou transparecer uns dentes tão brancos e perfeitos como marfim, atingindo agora a verdadeira perfeição de homem no seu mais alto estatuto.
- claro eu sei disso, eu também estou a trabalhar, sai as seis?
- sim saio.
- então venho ter consigo a essa hora e tomamos um café pode ser.
- combinado, nada mais justo que fumar o cachimbo da paz depois desta pequena guerra.
- então até logo.
Saiu porta fora e fiquei a olhar para a rua á espera de ver voltar aquele príncipe encantado e levar-me dali para fora. Cavalgar comigo, e transportar-me para verdadeiros espasmos de prazer. Mas a realidade caiu em cima de mim como uma montanha quando ouvi a minha colega a perguntar se estava tudo bem.
Fui para a minha secretária e comecei a trabalhar, telefonemas, e-mails, cartas, o dia á dia de uma escriturária, e assim o tempo foi passando. Não comentei com ninguém o sucedido, guardei aquele momento só para mim, e foi o que me deu animo para trabalhar o resto do dia, ouve alturas em que pensei que ele nunca iria ter comigo, que apenas estava a ser delicado e que depois telefonaria para desmarcar o café das seis com desculpa de que não tinha acabado a tempo as entregas. Decidi não pensar mais no assunto e espera para ver o que acontecia.

Antes de sequer voltar a pensar no assunto recebi uma chamada
- estou sim?
- Verónica está um senhor aqui em baixo á tua espera.
- um senhor! Que senhor Sofia?
- Sr. Miguel.
Devo de ter mudado de cor três vezes, pois a minha colega da frente ficou a olhar para mim com uma cara estranha.
- diz ao senhor que já desço está bem?
- ok. Até já.
Desliguei o telefone e fiquei uns bons minutos a tentar voltar a respirar quando caiu a ficha, agarrei nas minhas coisas e fui ter o meu encontro para um café.
Ao sair do elevador lá estava ele na recepção, a olhar na minha direcção e a sorrir.
- pensou que eu estava a brincar confesse.
- sim, não estava á espera de o ver aqui.
- peço desculpa pela roupa não tive tempo de a mudar, se o fizesse chegaria demasiado tarde para o encontro.
- não faz mal, fica-lhe esse uniforme. – esbocei pela primeira vês um sorriso, e pelo dele vi que o agradou.
Fomos até ao café, sentámo-nos e pedimos um café cada um, a conversa foi muito agradável ele surpreendeu-me muito, para os 23 anos que gozava, era uma pessoa com cabeça e sabia perfeitamente o que queria. Estudava e trabalhava, e por isso nunca tinha tempo sequer para um café, mas naquele dia disse que com o que tinha acontecido connosco, a sua arrogância, fê-lo ver que estava demasiado embrenhado no trabalho e na escola que se esquecera que era humano e que precisava de estar com outros humanos e viver, por isso decidiu convidar-me para tomar café e conversar um pouco.
- Fizeste bem és demasiado novo para entra nesse mundo de solidão e entrega ao trabalho.
- Não me julgue pela idade.
Quando disse isto fiquei com a sensação de que me queria dizer mais qualquer coisa, mas não quis estar a especular.
- Não te estava a julgar Miguel, não é meu habito faze-lo.
Ficou a olhar para mim de maneira um pouco indiscreta, estava fixo nos meus olhos e depois baixou o olhar para o meu colo.
- esta nervosa?
Negar seria o mais correcto, mas estava farta de ser correcta e decido assumir que ele me destabilizava.
- estou sim, e fazes alguma ideia porquê?
Ele sorriu e decidiu alinhar comigo, agora já não conseguia voltar atrás.
- sei sim. – estávamos com o olhar fixo um no outro, se estariam a ouvir a conversa ou não, isso pouco importava, o que estava em questão ali era o desafio.
- então diz.
-sou eu que te deixo assim, sem ar e louca de desejo.
- sim és tu. O teu corpo, o teu cabelo, os teus lábios, o teu cheiro.
- então sou um objecto?
- e que objecto.
- descreve.
- Um objecto de prazer, daqueles que nos matam a sede mas ao mesmo tempo nos faz querer mais e mais. Quero beijar a tua boca e sentir o gosto dos teus lábios, beijar a tua pele morena e senti-la em mim.
- E que mais?
-agarrar cada centímetro teu e deixar marcas, arranhar a tua cintura e sentir o teu membro firme nas minhas mãos, eu provo-te e dás-me o prazer.
- Agora é a minha vês.
Antes de falar chegou a cadeira para a frente e ficou com o rosto próximo do meu, sentia o seu bafo quente a percorrer o meu rosto e a entra dentro da minha pele. Pôs as mãos debaixo da mesa, agarrou a minha cadeira e chegou-me para a frente. Com as mão grandes agarrou as minhas coxas e apertou-as firmemente mas sem me magoar, mantive sempre os olhos fixos nele, não sabia o que esperar dali.
- Quero ter-te, tocar o teu corpo, sentir o calor da tua pele quando estás excitada.
Sem avisar, abriu delicadamente as minhas pernas mantendo-as abertas com as suas, não me mexi nem impedi que o fizesse, aquilo era a melhor experiencia porque estava a passar, e queria ir até ao fim.
- Quando uma mulher está excitada, entra num estado quase febril, a temperatura do corpo aumenta, a respiração acelera, os pensamentos saem descoordenados, muitas vezes de tal maneira que não consegue dizer ou pensar coerentemente.
Eu estava completamente inebriada com as suas palavras, bebias como se mel se tratasse, e queria mais. Enquanto falava, a mão desceu suave e delicada pela parte de dentro da minha coxa, tocou-me por cima da roupa interior.
- estás quente.
- não é essa a descrição que fazes de uma mulher quando está excitada?
- perfeito. – disse a sorrir e continuou a percorrer o meu sexo havido por ser acariciado.
Puxou as cuecas para o lado e tocou-me na carne escaldante e suada de desejo, sentia o seu dedo percorrer por todo o meu sexo, agarrei-me á toalha da mesa, estava a tornar-se incontrolável o que estava a sentir, mas não queria parar, sem tirar os olhos um segundo de cima de mim, continuou a acariciar-me com movimento lentos e constantes, e como era bom, ele sabia o que fazia e fazia-o bem, estava a conseguir levar-me á inconsequência.
- vou parar sabes que tenho de parar?
- eu sei, isto está a ficar perigoso.
- vamos embora daqui então.
- vamos para onde?
- até ao meu quarto, é aqui perto.
Saímos dali quase a correr, e dois minutos estávamos no quarto dele, pequeno mas aconchegante, o típico quarto alugado por estudantes, paredes cheias de livros e post it´s por todo o lado, senti-me novamente uma estudante por breve minutos. Sem que me desse conta, ele agarrou-me deu-me um beijo, muito intenso e quente, agarrou-me no rosto e disse que era linda, o que me fez ter ainda mais vontade de estar com ele e gozar de bons momentos. encostou-me á parede, abriu a minha blusa e beijou os meus seios rijos, subiu a minha saia e sem qualquer preparação senti a sua boca em mim, a língua percorria-me toda sem limites, era evidente o prazer que lhe dava fazer aquilo. Deixei-me levar pelas ondulações de prazer e gozei sem pudor.
Deitou-me na cama sem soltar as minhas ancas, tirou a roupa deixando ver um corpo bem torneado, o seu membro erecto entra dentro de mim fazendo-me soltar um grito abafado de prazer, o mais intenso que alguma vês senti, estar com a pele em contacto com a sua era tudo o que tinha imaginado durante todo o dia, até o cheiro e doce sabor dos seus lábios. Deixei de pensar e fui levada ao mais extremo dos extremos das ondas de prazer, marés perfeitas que enchem o meu corpo e saciam-no, qual oceano navegado por aventureiros.
Durante esta minha aventura, nem uma única vês que me lembrei do meu ex-namorado, descobri que existem muitas coisas para serem descobertas em mim, e para isso tenho agora o Miguel, o meu amigo e meu amante. Perfeito, belo e sempre á espera de uma nova aventura.



quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sem palavras!!!!!!!!!!!

Peço imensa desculpa, mas tenho mesmo que escrever sobre isto.
A semana passada estava eu á espera que meu habitual café com com leite fosse servido, quando quase mecanisada peguei no correio da manhã e passei uma vista de olhos sobre as noticias. Entre facadas, assaltos e escandalos cor de rosa, deparei-me com maior escandâlo deste país…á pois é, já dever fazer uma pequena ideia do que estou a falar.
Ora vejamos, como é que é possivel, estando o pais a atravessar uma crise a qual o fim está por um canudo,( sim porque ninguém faz ideia de como acabar com isto), familias inteiras a passar necessidades, e já para não falar do desemprego que aumenta a olhos vistos e sem travões, o Governo gasta quase 1milhão de euros em carros, topo de gama da BMW( até chego a pensar que foi por solidariedade aos Alemães pela crise que também atravessam), para o presidente do Parlamento e seus subditos…
È revoltante não acham, aliás, extremamente vergonhoso. Eu sempre pensei na minha rica e estupida ingenuidade, que os governadores seriam e deveriam ser exemplos a seguir, e ser os primeiros a dar o exemplo, mas cresci e aprendi que não existem governadores dos contos de fada. E é quando o povo bate no fundo e está perdido num maranhal de icertezas quanto ao futuro, que tudo é revelado ao plebeu.
Infelizmente, somos governados por gente sem escrupulos, egoistas e básicos na maneira de ser viver, e estar no mundo, um carro é um simples carro, mas matar a fome a muita gente, ou tapar os buracos numa escola ou hospital, é importante, como é que pode um covernador, que apela á saúde, formação, e “diz” , segundo ele, que todos os esforços estão a ser feitos para acabar com a crise, deixa algo lamentável como isto acontecer.
De certeza que os salários das pessoas a quem foram entregues estes carros, não se ficam pelos 650€ que é o meu ordenado, ou ainda o vergonhoso salário minimo nacional, ou as reformas ridiculas mas infelizmente o único meio de subsitenscia que muitos idosos têm, e que assim se vêm obrigados abdicar de comprar medicaentos, e bens sessenciais, para poderem ter pão na mesa.De certeza que estes senhores, que agora disfrutam de um carro topo de gama, não estão a passar por nenhuma dificuldade, nem a dormir com a barriga vazia e o coração nas mãos, sem saber como vai arranjar dinheiro para comer no dia seguinte, ou pagar as despe

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Coisas da vida!!!!

Em dias que os nossos corpos sedem finalmente, a uma série de tormentas psicológicas, são difíceis evitar as manifestações mais óbvias ao mais comum dos mortais.
Nesses dias em que as forças nos faltam, e as pernas tremem, nem o pensamento mais forte bloqueia uma roldana de pensamentos e agonias que queremos a todo o custo que passe…o peso nas costas aumenta e o mais estranho, é que esse fardo é invisível, tocá-lo é impossível e varrê-lo como se fosse lixo ainda mais.
Nesses momentos a raiva solta-se e os gritos abafados que estão preso na garganta, faz doer, como se de uma amigdalite se trata-se, já a senti antes e não a quero para nada.
E porquê? Porque vivemos num mundo onde as injustiças acontecem, onde nem sempre o dia é de sol, e também e igualmente importante, a conta bancária está nas lonas…Jesus…que podemos mais nós pedir?
Eu não peço mais nada, nem tenho de pedir, o que tenho de fazer é por mãos á obra, e pronto…os resultados até podem ser incertos, mas como se costuma dizer”quem não arrisca não petisca”( e como eu adoro petiscos).
O cansaço muitas vezes deve-se a falta de mudança na nossa vida, um novo alento e um corte definitivo com o passado e com as coisas ruins da vida, que teimam sempre em rondar a nossa bolha actimel. Resolver o que está para resolver e aceitar, se as coisas acontecem, o melhor é aceitar, remar contra a maré nunca deu grandes frutos…( até porque faz doer os braços ufa).

Uma vês li no blog do Paulo Coelho a seguinte :
Um homem muito piedoso viu-se, de repente, privado de todas as suas riquezas. Sabendo que Deus era capaz de ajudá-lo em qualquer circunstância, começou a rezar:
“Senhor, faz com que eu ganhe na Loteria”, pedia ele.
Durante anos e anos rezou, e continuou pobre. Finalmente chegou o dia de sua morte, e - como era muito piedoso - foi direto para o céu. Lá chegando, recusou-se a entrar. Disse que vivera toda a sua existência de acordo com os preceitos religiosos que lhe ensinaram, e que Deus jamais fizera com que ganhasse na Loteria. “Tudo que o Senhor prometeu não passa de uma mentira”, disse o homem, revoltado.
“Estive sempre pronto para ajudá-lo a ganhar”, respondeu o Senhor.
“Entretanto, por mais que eu quisesse ajudá-lo, você nunca comprou um bilhete de Loteria”.
Penso que um simples e breve conto com este, diz muita coisa….palavras para quê, vamos jogar na lotaria.

Por Angélica Gomes

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A minha opinião...


Passou mais uma data importante na história da humanidade principalmente dos povos cristãos.
A Páscoa…
Comemora-se assim a ressurreição de Jesus Cristo.
Mas o que me fez escrever sobre este tema, é a fé dos homens hoje em dia, passados mais de dois mil anos sobre o nascimento de Jesus Cristo.
A religião, fé crença ou outra qualquer maneira do ser humano demonstrar a sua devoção e respeito por uma entidade superior, que segundo os ensinamentos incutidos por uma ou outra fé, devemos acima de tudo amar mas também temer esta entidade criadora e regente dos destinos da humanidade... Não sou fanática por esses assuntos mas interesso-me bastante, e por isso decidi deixar a minha opinião aqui no meu espaço.
Muito se tem escrito acerca do messias nos últimos anos, muita coisa e muitos factos têm vindo a ser postos em causa, desde livros que falam hipoteticamente sobre a união ou não de Jesus com uma suposta prostituta, e da continuação da sua linhagem. Factos que nos livros, são relatados com tanto rigor, veracidade e ainda são refutados com documentos cujas verdadeiras imagens e mensagens estão escondidas sob ardilosos e complexos puzzles. Ou até livros escritos e baseados em antigos manuscritos encontrados ao longo de séculos, e muitas vezes escondidos e destruídos para o bem de instituições que lucram á séculos com a omissão de factos verdadeiramente reveladores de uma única verdade escondida.
A questão coloca-se. Será esta uma simples novela inventada por um escritor com imensa imaginação, ou será que existe realmente fogo por detrás deste fumo denso que é a religião?
Um teatro montado por encenadores corruptos, ávidos de poder, nem que para isso tenham de privar a humanidade da verdadeira historia que envolve alguém tão especial e forte como foi Jesus Cristo e a sua verdadeira missão e vida aqui na terra, junto dos comuns mortais.
A verdade e essa todos podemos constatar, é que sendo verdade ou ficção, tudo isso mexeu com as nossas crenças, e, com o que nos tem vindo a ser ensinado desde pequenos. Duvidas que surgem mesmo sabendo que se trata de ficção, mas que nos fazem questionar se realmente foi assim que aconteceu.
Verdade seja dita, tanto Maria como Jesus Cristo eram mortais, sangue e suor faziam parte do seu organismo tal e qual cada um de nós, privações que também eram as suas tentações…por isso estará mesmo errado pensar que Maria engravidou de maneira normal, e que o seu bem amado filho foi casado com uma mulher, Maria Madalena, e procriou e propagou o seu sangue na terra?
Para alguns de nós é difícil imaginar um ser tão puro e nobre tivesse nascido de uma relação tão terrena, pecaminosa e carnal, uma verdadeira heresia, para outros, o contrário, já mais poderia acontecer pois não existe concepção sem que dois corpos troquem fluidos. Mas a natureza é assim e foi Deus quem a criou, porque havia de ser diferente?
Estas e outras duvidas estão a abalar com a maior organização religiosa do mundo e não só.
Porque temem tanto que a verdade surja, que sabem eles que nós não saibamos?
Em todos os cantos do mundo as coisas estão a mudar, as pessoas querem saber a verdade, estão fartas de embustes, e qualquer sintoma de que algo está mal, as faz reflectir e repensar no que lhes foi ensinado desde pequenas.
Eu acredito no que acredito, que existe uma força superior, que Jesus foi uma pessoa especial e que lutou pelo bem, cumpriu acima de tudo a sua missão foi cumprida.
Não rezo para santos de pau, nem em casas cobertas de ouro e riquezas construídas em pilares tão falsos como areias movediças. Deus não está numa casa, nem num espaço confinado a castas, está onde estivermos e onde queiramos que esteja, dentro de nós, na rua numa árvore, para mim basta acreditar…
E para vocês???

sexta-feira, 6 de março de 2009

Veronika decide morrer







Estou contente, finalmente vai sair um filme baseado num dos meus livros favoritos de Paulo coelho (se bem que é difícil dizer qual dos livros deste escritor é o melhor), “Veronika decide morrer”.

Sim eu sei o titulo pode até nem ser muito sugestivo, mas acreditem que se lerem o livro mudaram completamente de opinião.

Como o próprio título sugere a Veronika decide por termo á sua própria vida, mas não se trata de uma coisa tão básica como isso, mas sim o que a levou a tentar cometer esse acto e as consequências do mesmo.

Quem disse que ter tudo na vida trás a felicidade?
Pois é esta menina interrogou-se sobre o mesmo e achou que já não tinha grandes objectivos, então que fazia ela por este planeta?
Mas após esta tentativa frustrada de sair de uma vida aborrecida, vem o ensinamento. Que pode muitas vezes vir acompanhado de alguns dissabores, e um gosto agridoce do arrependimento.
Há!!!! Esse sentimento que ás vezes tortura-nos a alma…

Internada numa manicómio e com poucos dias de vida, ela vais descobrir que os loucos nem sempre são assim tão loucos, que podemos viajar no espaço sem sermos vistos, que a masturbação para além de um prazer sexual é uma descoberta de nós próprios sem qualquer pudor e sentimento de culpa, e que quando sabemos que o nosso fim está próximo, a vontade de viver e de aproveitar cada lufada de ar que entra dentro dos nossos pulmões, cresce a cada minuto da contagem decrescente. E que tudo isto é apenas uma consequência.

É claro que todo este enredo é muito mais complexo e penetrante, e acredito que cada um de nós se consegue identificar em alguma das partes desta história, pela loucura, pelo contacto com a morte, pelo arrependimento, e acima de tudo por aquilo que pretendemos fazer das nossas vidas.

Das duas uma, ou deixamos que se torne chata e sem objectivos, ou aumentamos cada dia e cada vez mais as nossas metas, e assim estimulando o prazer e a vontade de viver.

Só nos cabe a nós essa decisão…

Ter tudo nem sempre significa termos uma vida!!!!

Por isso vivam o mais que poderem.

Por:

Angélica Gomes