quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Silêncio


As palavras desaparecem, apagam-se tal como a brisa fresca da manhã apaga uma vela, o silêncio é a única coisa que fica, não é preciso mais nada…pois no abraço que foi dado nem mil e uma palavras poderão descrever as sensações que desfrutam. Não são só corpos, são expressão, gesto, um profundo mar de emoções, arrepios e suspiros, suor, pele, carne sedenta de desejo. Mãos que percorrem cada centímetro daquele ser inflamado, vigoroso. Os lábios são verdadeiras pérolas de prazer, inconfundíveis na sua textura, cor e sabor, uma língua quente e húmida que provoca ondas incessantes de prazer, espasmos e arrepios, incontroláveis e violentos, saem por todos os poros, como um turbilhão na maré alta. Os membros unem-se, encaixam-se, são perfeitos e perfeita é a sua união, suspiros, suspiros soltos no ar, gemidos abafados…olhos que não escondem o prazer e a sofreguidão, querem mais...o estado febril toma conta destas almas, estão dentro um do outro e dali não querem sair, dão as mão, apertam-nas, como se se pudessem unir ainda mais e com todas as suas forças. Contorcem-se numa esperança vã de conterem a explosão que está restes a culminar dentro deles, mas é impossível travar aquela energia que quer sair como um vulcão incandescente, os corpos contraem, estremecem, perdem o controlo e deixam que uma onda electrizante os percorra sem licença, sem pudor, sem vergonha, apenas puro e somente prazer.

Por: Angélica Gomes

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

E porque existem dias assim...

E porque existem dias assim,
Porque não consigo esconder o óbvio,
Porque os meus olhos não mentem mas sentem
Porque ainda assim á coisas que ainda pesam
Porque não me consigo esconder, sou assim…
Porque se caem é porque têm que cair
E nada as segura, são sentidas...
E porque são minhas só eu as compreendo
As lágrimas…
Ai… sim as lágrimas
Esse liquido salgado e quente
Expressão clara e límpida de dor, alegria…


Por: Angélica Gomes



terça-feira, 30 de setembro de 2008



Sento me debaixo de uma árvore, fecho os olhos, o vento frio do Outono bate suavemente no meu rosto, e trás com ele as folhas secas, amarelecidas e cansadas, e é assim que ás vezes me sinto, cansada e desvanecida, qualquer intempérie pode causar a minha queda, mesmo que seja uma brisa fria. Calmamente começo a respirar de novo, os meus lábios entre abrem-se, e a pouco e pouco o ar entra, dando me novo fôlego, abro os olhos, e, um sorriso surge, sei que não posso deixar me cair como aquelas folhas, tenho de alcançar de novo o meu brilho, desvanecer tem que sair do meu intimo, e no seu lugar tenho de repor o animo de viver. Vou buscar o alimento para as minhas raízes nas coisas que gosto, e é ai que está a minha primavera, nos meus amores, na minha vida e no quero fazer dela. não sei o que quero, mas sei o que não quero, e o que não quero, é ser aquela folha que cais no chão, amarela, triste e sem vida, e assegurar que continuo verde, vigorosa e com muito para dar.
Renascer é um ciclo, e eu estou a entrar num, cheio de vida, amor, paixão e ideologias, a isto chama-se viver.
Por isso, como digo sempre, apaixonem-se muito e amem ainda mais esta vida maravilhosa.

domingo, 28 de setembro de 2008

Eu e as pessoas na minha vida!!!!




É quase uma da manhã, cheguei á pouco a casa e não tenho grande sono, ligo o portátil e apetece-me escrever…e agora sobre o quê?
Sobre as pessoas.
Pessoas que passam ou já passaram pela minha vida, umas menos importantes do que outras mas todas com a sua importância. Todas elas ensinaram ou continuam a ensinar-me imensa coisa. Seria agora difícil enumerar os ensinamentos, mas são dados adquiridos e não posso negá-los, já fazem parte de mim e da minha história, historia e historias que faço questão de partilhar no meu diário ou em poemas que de vez em quando aqui deixo para serem apreciados por quem quiser e se der ao trabalho de os ler, a quem não se der a esse trabalho temos pena, mas devia de prestar mais atenção, faço-o porque acho que partilhar pode ajudar, e ajudar faz parte da minha maneira de ser é a minha natureza, quem me conhece minimamente sabe disso.
Como estava a escrever no início, pessoas, quem são elas, que são essas pessoas a que me refiro?
Poderia chamá-las pelos seus nomes mas não o faço, elas sabem perfeitamente a quem me refiro, porque em algum ponto deste e de outros textos, faço questão de mencionar os feitos que me fizeram caracterizá-las da forma que o faço.
E agora o que me ensinaram?
Ui esta parte pode tornar-se muito complexa e intima, o melhor que posso fazer é provavelmente é agradecer, sim agradecer.
Aqui vai.
Obrigado por me ensinarem que a família é importante, são aqueles que melhor nos conhecem, e embora muitas vezes nos pareça injusto algumas atitudes ou palavras mais fortes, são sempre eles quem estão lá, quando estamos felizes, tristes, ou doentes, que nos acolhem quando não temos para onde ir e não cobram nada.
Os amigos, á os amigos… esses que não menos importantes que a família, nos recebem sempre de braços abertos, que nos ouvem e têm a paciência de nos fazer ver o que aos nossos olhos parece escondido e coberto por uma teia de enganos, a esses agradeço especialmente, se não fossem as horas passadas a conversar, mesmo que trivialidades, não sei o que seria de mim hoje, a vossa companhia, afecto e compreensão abriram os meus olhos, e fizeram com que liberta-se a pessoa que estava escondida e adormecida dentro de mim, por um tempo que agora me parece infinito, e o qual tenho intenção de recuperar, custe o que custar, e sempre na vossa companhia meninasJ
Aos amores, sim aos amores, mesmo que muitas vezes Platónicos, mas sempre mágicos. Com eles descobri que o mundo fica mais bonito, que sorrir ainda é mais fácil e gratificante, estar apaixonada é maravilhoso, quem dera que pudéssemos estar sempre apaixonados, esse sentimento torna-nos mais tolerantes e tudo parece mais fácil, a vida é encarada com outro animo, é sempre um estimulo. Sei perfeitamente que também não dura para sempre esse estado de embriagues, mas também sei que o posso prolongar, sim claro que posso, pensem bem…não pode a vida ser uma paixão?
Agradeço também aqueles que me magoaram, que me traíram, que me julgaram erradamente e me deixaram de rastos ao ponto de não querer viver, sim infelizmente aconteceu, essas pessoas são capazes de nos fazer crer, que não somos nada, que somos insignificantes, tais como formigas que podem esmagadas por um pé cruel. Senti-me muitas vezes humilhada e descriminada. Agradeço sim, porque por isso e muito mais, decidi levantar a cabeça e ver-me ao espelho, e quando o fiz vi-me finalmente como sou. Ergui a cabeça e deixei cair as últimas lágrimas, chorar não me levava a lado nenhum, apenas fez – me perder tempo com coisas que não valiam a pena, se voltar a verter lágrimas, deveram de ser por algo que realmente valha a pena. Graças a elas voltei a ter vontade de arriscar, sem medo, a começar por me libertar do que me prendia ao passado, e me impedia de seguir a minha estrada e não a dos outros, e redescobrir que também tenho vontades próprias, sonhos e desejos. Não sei onde a estrada de leva, mas não é a vida um risco?
Poderia continuar a escrever e a agradecer, mas são tantos os agradecimentos…
Limito-me a deixar aqui o meu pensamento e o meu testemunho, e espero que de alguma forma possa contribuir, para quem o ler, que como eu, e apesar de todas as adversidades, possam encarar a vida com outros olhos, e vivê-la principalmente, isso é o mais importante, viver.
Por isso, por tudo o mais e como sempre digo.
Apaixonem-se muito e amem ainda mais esta vida maravilhosa.
Fiquem bem.
(hey onde estão os sorrisos?)