domingo, 6 de novembro de 2011

Encontrarmo-nos a nós mesmos…

Encontrarmo-nos a nós mesmos…







Encontrar o nosso eu e nossa essência como seres humanos e participantes nesta vida, sempre foi a luta de muitos filósofos poetas e escritores.


Afinal o que é esta procura? O que faz as pessoas largarem coisas, deixarem pessoas para trás e irem em busca daquilo que desconhecem sobre si?


Todos os dias eu me pergunto a mim mesma o que faço aqui, neste planeta, neste mundo, as vezes parece que o fazemos não tem a importância ou valor que merecemos, parece que nada a um certo ponto da nossa vida faz sentido.


Mas do recôndito subconsciente da minha mente a resposta aparece diante dos meus olhos e nas coisas simples do dia a dia.


Eu acordo todas as manhãs, abro os olhos e olho em volta, antes de tomar qualquer decisão espreguiço-me e deixo para trás toda a preguiça que a cama nos suscita, a muito para fazer.


Dizer bom dia á família, tomar um banho e fazer festas aos animais de estimação.


Olho á volta do meu pequeno mundo que é o meu quarto e vejo a mesa onde crio as bijutarias. Pedras, missangas e peças soltas de metal pedem para serem transformadas em objectos que vão adornar orelhas pescoços e bustos de pessoas que apreciam o meu trabalho e destreza de manuseio desses mesmos objectos. Isso faz me feliz e motiva-me.


Uma mensagem para uma amiga, que e respondida, e a cumplicidade que se manifesta libertam sorrisos nos meus lábios. Saber que estão lá faz-me feliz.


Visto uma roupa confortável e saio para a aula de dança, mexo o corpo e aperfeiçoo-o a cada dia uma das mais belas artes do mundo, danço porque gosto, danço porque me faz feliz.


Vou tomar um café com amigas, conversar, sorrir a quem passa e dizer um olá a um conhecido, faz me bem.


Viver o dia a dia, estar com quem gosto, fazer alguém feliz com simples gestos, nem que seja com um sorriso ou bom dia bem disposto, isso sou eu. Ajudar quem precisa, dar uma moeda a um mendigo, isso sou eu.


Ver um cão na rua que me sorri com os olhos e fazer uma festa, isso sou eu.


Amar quem eu tiver de amar, não gostar de quem eu não tiver de gostar, trabalhar o que tiver de trabalhar, dizer o que tiver de dizer, todas estas coisas sou eu.


São gestos meus, são decisões minhas, são criações minhas, tudo isto numa mão aberta, fazem parte de mim, simplesmente fazem parte do que eu sou, identificam-me.


Saber que as pessoas que me rodeiam gostam e querem estar comigo pelo que sou e não por outro motivo, faz me feliz.






Isto sou eu, não e mais ninguém.


Então que preciso encontrar mais se tudo a minha volta me diz quem eu sou?


Cada atitude, cada gesto, diz nos quem nós somos. Estamos naquele lugar e em mais lado nenhum e é assim que deve de ser, para quê procurar o que esta mesmo aqui.






O eu, e mais nada…






Isto que escrevo sou eu, e mais ninguém.


Eu não me procuro, porque estive sempre aqui.






Sejam felizes.

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